quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Heraclides thoas brasiliensis (Rothschild & Jordan, 1906), foto por: A. Martin

Heraclides thoas brasiliensis, A. Martin, Rev. Eco. do Guapiaçu, Cach. de Macacu, RJ.
Clique na foto para vê-la ampliada!

O autor, a espécie e a foto

Em foto de Alan Martin (58 anos, contabilista/aposentado), feita em 25-VIII-2010, temos aqui nossa décima quarta participação do público! Trata-se de uma belíssima imagem de Heraclides thoas brasiliensis (Rothschild & Jordan, 1906), lepidóptero da família Papilionidae, subfamília Papilioninae, colhida utilizando-se uma Canon EOS D40 (com 10.1m.pixels), na Reserva Ecológica do Guapiaçu (REGUA), em Cachoeiras de Macacu, RJ. Para a foto, tirada aproximadamente às 15h15min de uma tarde ensolarada, o autor ainda usou uma lente macro de Ef 100-400L IS da marca Canon.

Biologia

Tirada a foto na área dos banhados da REGUA, vemos a borboleta com sua probóscide (espirotromba) estendia se alimentando no buquê de flores (inflorescência) do arbusto Lantana camara L., uma planta da família Verbenaceae. Comentando um pouco mais sobre esta planta (a qual o visitante assíduo do blog notará aparecer frequentemente como fonte de alimento para diversas borboletas), que se chama popularmente cambará, acrescentamos que possui diversas características que a tornam “a rainha das flores” para as borboletas. Sendo assim, três dessas características merecem destaque, sendo elas: as variações de tonalidades de cores em seus buquês, a anatomia das flores que o compõe e alta qualidade de açúcares em seu néctar. A primeira característica, possivelmente garante a melhor atratividade, a segunda permite o melhor acesso na hora da alimentação e a terceira confere a riqueza energética na dieta das borboletas. Daí que um bom recurso para se fotografar borboletas é se conhecer os locais onde o cambará é abundante. H. thoas brasiliensis (Rothschild & Jordan, 1906), é talvez a mais comum e observável das espécies da família Papilionidade. É extremamente apta a voar em locais ensolarados (heliófilos), sendo encontrada em todos os ambientes possíveis, ou seja, é urbana, semiurbana e silvestre. Nas matas tem população maior nas florestas secundárias. Está presente onde existam flores ou inflorescências não se limitando aos locais com este ou aquele perfil de habitat. Os machos podem também ser avistados sobrevoando o solo molhado em beiras de praias de rios ou em bordas de poças d’água, após uma chuva, aonde bebem água e retiram sais. Quando não molestados, têm normalmente vôo planado e lento. É majestoso e digno de admiração o seu sobrevôo! Porém se molestada, mostra comportamento totalmente diferente, passando a um vôo veloz e vigoroso. Em fuga é capaz de cobrir longas distâncias voando rápido.

Lagartas têm um corpo coberto de protuberâncias. As cores são em tons de marrom e branco, que se alternam em faixas diagonais no corpo. Essa coloração lhes confere uma ótima camuflagem, pois parecem excrementos de pássaros. Têm hábito diurno, solitário e se alimentam basicamente de plantas da família Rutaceae, em especial dos gêneros: Citrus, Esenbeckia e  Zanthoxylum (Brown, 1992).
A. Soares

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