sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Catonephele sabrina (Hewitson, 1852), foto por: J. Caloi

Catonephele sabrina, J. Caloi, em Pedra Grande, Atibaia, SP.
Clique na foto para vê-la ampliada!

O autor, a espécie e a foto

Em foto de Juliana Caloi (35 anos, arquiteta), feita em 12-II-2011, temos aqui nossa décima primeira participação do público! Trata-se de um belo close-up de Catonephele sabrina (Hewitson, 1852), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Biblidinae, fotografada através de uma Canon EOS T2-I (com 18m.pixels), na região de Pedra Grande, em Atibaia, SP. A foto foi feita em um final de manhã ensolarado, aproximadamente às 12h. A autora ainda usou uma lente macro de 105 mm da marca Nikkor.

Biologia

Tirada a foto nas matas das cercanias de Pedra Grande, vemos a borboleta pousada sobre a folhagem. Na Mata Atlântica, C. sabrina (Hewitson, 1852), é uma espécie mais incomum que as outras espécies, desse mesmo gênero, neste bioma: C. numilia penthia (Hewitson, 1852) e C. acontius caeruleus Jenkins, 1985.  Apesar disso, na região de Pedra Grande parece haver uma população abundante sendo vista com mais freqüência do que em outras regiões. A preferência por locais de vôo é vinculada a sítios onde existem frutos maduros caídos ao solo, seu alimento. Os machos também podem ser encontrados no solo em praias de rio e poças d’água, bebendo água e sais. É uma espécie que vive em áreas silvestres estando presente nas matas primárias bem como nas secundárias. Seu voo é rápido. É uma borboleta onde há uma clara diferença entre a coloração do macho e a da fêmea (dimorfismo sexual). Com relação a cores ostentadas pela fêmea ainda há uma curiosidade muito interessante: ela é muito parecida com a fêmea de uma outra espécie de borboleta, Heliconius besckei Menetries, 1857 (Brown, 1992), sendo um bom exemplo de mimetismo.

É difícil precisar detalhes sobre a lagarta de C. sabrina (Hewitson, 1852), pois é pouco conhecida. Todavia, outras espécies representantes do gênero apresentam imaturos onde a coloração e predominantemente verde com espinhos ramificados no corpo. As cabeças freqüentemente têm cores alaranjadas apresentando dois cornos negros ramificados. Vivem nas copas das árvores e têm hábitos solitários. Alimentam-se de diversos tipos de plantas da família Euphorbiaceae, possivelmente dos gêneros Alchornea e Dalechampia.
A. Soares

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