quinta-feira, 28 de junho de 2012

Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775), foto por: R. Penalva

Heliconius erato phyllis, R. Penalva, Encontro das Águas, Lauro de Freitas, BA.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Ruy Penalva (61 anos, médico/empresário), feita em 10-IV-2005, temos aqui nossa trigésima sétima participação do público! Trata-se de um bom close-up de Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Heliconiinae, tirada através de uma Canon EOS10D (com 6.3m.pixels), na localidade de Encontro das Águas, em Lauro de Freitas, BA. Nessa foto, capturada possivelmente em uma manhã de um dia parcialmente nublado, o autor usou uma lente Canon EF 75-300 I. A imagem foi capturada com luz natural, abertura de diafragma f/5.6 e velocidade de 1/90.

Biologia

Tirada a foto no quintal da própria casa do autor, vemos a borboleta sobre o buquê de flores (inflorescência) do arbusto Lantana camara L., uma planta da família Verbenaceae, uma das principais fontes de alimento. H. erato phyllis (Fabricius, 1775), é mais uma espécie comuníssima e que gosta de voar em locais ensolarados (heliófia). É uma espécie que pode ser considerada semiurbana sendo rotineiramente avistada nas bordas entre cidades e as áreas de matas. Nos ambientes silvestres está mais presente, com populações numerosas, nas florestas secundárias do que nas primárias. Conforme a região do Brasil que ocorre, esta espécie tem uma grande variação cromática, apresentado populações que exibem um colorido muito diferente da subespécie aqui figurada. Por vezes, é até difícil se acreditar que se trata da mesma espécie! Possui, não só um voo lentíssimo como também uma reação vagarosa a ataques, pois sendo uma espécie de gosto ruim (impalatável) para seus predadores, não necessita ser veloz ou ágil. A noite dorme de um modo gregário reunidos em pequenos grupos de indivíduos (Otero, 1986). Tem uma vida muito longa (podem atingir 6 meses), pois sua dieta inclui, além de néctar, também pólen, que contribui para sua longevidade.

As lagartas são belas! Têm o corpo na cor branca acinzentada, com pontos pretos e laranjas. Há vários processos espinhosos (não ramificados) distribuídos pelo corpo na cor preta. A cabeça apresenta uma cor amarela. Seus hábitos são diurnos e gregários. Alimentam-se de diversos tipos de plantas da família Passifloraceae, como por exemplo, Passiflora organensis Gardner, o maracujá. (Otero, 1986).
A. Soares

sábado, 23 de junho de 2012

Heraclides torquatus polybius (Swainson, 1823), foto por: F. Sandrin

Heraclides torquatus polybius, F. Sandrin, Horto Florestal (Estação Experimental) Bauru, SP.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Fátima Sandrin (59 anos, professora, bióloga/etóloga), feita em 31-III-2012, temos aqui nossa trigésima sexta participação do público! Trata-se de uma bela foto de Heraclides torquatus polybius (Swainson, 1823), lepidóptero da família Papilionidae, subfamília Papilioninae, feita por meio de uma Canon EOS 2Ti (com 18m.pixels), no Horto Florestal (Estação Experimental) da cidade de Bauru, SP. Para a foto, tirada aproximadamente às 10h30min em dia parcialmente nublado, a autora usou uma lente Canon 135mm. A imagem foi capturada com luz natural, abertura de diafragma f. 5.6, velocidade 1/60 s, ISO 400, distância do objeto 0,67 m.

Biologia

A foto feita na Estação Experimental do Horto Florestal de Bauru é muito interessante, pois temos um indivíduo com uma variação no amarelo das asas, que tende ao branco! Nela vemos a borboleta sobre ramos de gramíneas em decomposição, em uma área sombreada do bosque. H. torquatus polybius (Swainson, 1823), é uma espécie onde a aparência do indivíduo macho exibe uma marcante diferença em relação a fêmea (dimorfismo sexual). Assim sendo, o exemplar que ilustra este artigo é um macho, já as fêmeas são muito diferentes tendo as cores das asas em predominantemente em negro, com uma grande mácula branca na área das células discais em ambas as asas anteriores e ainda uma banda, de células não contínuas, vermelho-rosada na área pós-mediana das asas posteriores. Ou seja, o indivíduo do sexo feminino não exibe amarelo, nem variações desta cor, nas asas. Esta espécie é encontrada em uma grande área, ocorrendo desde o sul da Bahia, passando pelo Sudeste e atingindo o seu limite: a oeste no Mato Grosso do Sul e ao sul no oeste de Santa Catarina. É um inseto comum, que gosta de voar em locais ensolarados (heliófilos) podendo ser observado esporadicamente, em vários habitats. Por vezes, está presente nos ambientes perturbados como nas bordas entre cidade, as áreas de matas (semiurbana) e florestas secundárias, pois suas lagartas nutrem-se esporadicamente das folhas novas de laranjeiras, preferindo, no entanto, rutáceas silvestres (Otero, 1992), existentes nos ambientes preservados, como as florestas primárias, onde sua população é maior. Tem por rotinas a manutenção de um raio de voo relativamente próximo dos sítios onde haja boa disponibilidade de flores. Os machos também são avistados no chão bebendo água com sais. O voo é veloz e irregular.

As lagartas têm um corpo coberto esparsamente de pequenos tubérculos espinhosos. A cor, nos estágios finais próximos do encrisalidar, é predominantemente marrom, castanho e amarelo esbranquiçado. É assim, outro exemplo onde a larva se parece com excremento de pássaros. Seus hábitos são diurnos e solitários. As lagartas se alimentam de várias plantas (são polífogas) da família botânica Rutaceae (Otero, 1992).
A. Soares & F. Sandrin

Caligo eurilochus eurilochus (Cramer, 1775), foto por: R. Santos

Caligo eurilochus eurilochus, R. Santos, Borboletário, Mangal das Garças, Belém, PA.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Rui Santos (46 anos, funcionário público), feita em 01-VI-2012, temos aqui nossa trigésima quinta participação do público! Trata-se de uma super imagem de Caligo eurilochus eurilochus (Cramer, 1775), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Morphinae, capturada utilizando-se uma Fujifilm FinePix HS20EXR (com 16m.pixels), no Borboletário em Mangal das Garças, Belém, PA. A foto foi tirada aproximadamente às 11h45min de uma manhã ensolarada, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Feita a foto nas dependências do Borboletário em Mangal das Garças na cidade de Belém pelo fotógrafo e orquidófilo, vemos a borboleta alimentando-se no isca de frutas maduras. C. e. eurilochus (Cramer, 1775), é uma borboleta comuníssima que voa em locais sombreados (umbrófilos) sendo muito raramente avistada fora mata fechada. Presente tanto nos matas perturbadas secundária (mais frequente) quanto nos arredores dos centros urbanos, prefere o nível mais próximo do solo da floresta onde visita frutos maduros caídos ao chão para se alimentar do sumo desses. Tem voo lento e com suaves guinadas nos sentidos vertical e horizontal. Como muitos indivíduos da tribo Brassolini, possui nas cores das faces inferiores um excelente disfarce. Exibindo ocelos e cores crípticas, que podem, ora funcionar como camuflagem (quando oculta o inseto nas mata) e ora como mimetismo (quando seus ocelos são tomados pelos predadores como olhos de animais) afugentado ou desviando o ataque das partes mais vitais do corpo de C. e. eurilochus (com. pess. Luiz S. Otero).

Lagartas têm o dorso do corpo em tons castanho, listras latero-longitudinais marrons e creme. Ainda há quatro pequenos espinhos. A cabeça é muito típica com três pares de cornos. A extremidade oposta do corpo exibe dois apêndices espiniformes. Os hábitos são gregários e noturnos. Alimentam-se de vários tipos de bananeiras e marantáceas (Otero & Marigo, 1990). Pode ainda ser praga de culturas comerciais, como no caso da bananeira tradicional, Musa paradisiaca L., Musaceae e de palmito-jusara, Euterpe edulis Mart., Arecaceae (Costa Lima, 1968).
A.Soares

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Phoebis philea philea (Linnaeus, 1763), foto por: C. Koschnitzke

Phoebis philea philea, C. Koschnitzke, na Lagoa do Visgueiro, Parq. Nac. Rest. Jurubatiba, Quissamã, RJ.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Cristiana Koschnitzke (47 anos, bióloga/botânica), feita em 12-IV-2012, temos aqui nossa trigésima quarta participação do público! Trata-se de uma boa foto de Phoebis philea philea (Linnaeus, 1763), lepidóptero da família Pieridae, subfamília Coliadinae, capturada utilizando-se uma Kodak EasyShare C713 (com 7m.pixels), na Lagoa do Visgueiro, Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, em Quissamã, RJ. Para a foto, tirada aproximadamente às 1oh no início de uma manhã nublada, a autora usou lente padrão da máquina.

Biologia

Tirada a foto nas cercanias da Lagoa do Visgueiro, Parq. Nac. da Rest. de Jurubatiba, Quissamã, RJ, vemos timidamente a borboleta entre a folhagem no momento em que seu aparelho bucal (espirotromba) está estendido, mas ainda não foi introduzido na corola da Temnadenia odorifera (Vell.) J.F. Morales uma planta da família Apocynaceae. P. p. philea (Linnaeus, 1763), é mais uma das borboletas do grupo que se adapta muito bem às áreas urbanas, sendo frequentemente observadas até nas zonas edificadas das cidades. A respeito deste fato, pode-se dizer desta espécie o mesmo que falamos sobre A. menippe (Hubner, [1818]), ou seja, que esta adaptação se deve a dois fatores: sua resistência à poluição atmosférica e abundância de alimento provido pelo uso, rotineiro, da árvore Senna siamea Lam. (uma das várias plantas deste gênero que servem de alimento para as suas lagartas), na arborização de parques e jardins. Além disso, ainda corrobora para a presença em grandes populações dentro das cidades o fato do adulto dessa espécie estar enfeudado a flores cultivadas dos gêneros Impatiens, Hibiscus, Ixora e Duranta (Otero, 1986), o que facilita a procura por néctar. Também pode ser encontrada nas fronteiras entre as cidades e as florestas (semiurbana). Além dessa presença dentro ou próxima aos centros urbanos, pode-se também avistá-la nos campos ou florestas onde marca presença em flores ou inflorescências nas bordas de trilhas e estradas, região em que é igualmente possível ver os machos sobrevoando o solo molhado ou margens de poças de água após chuvas, onde bebem água e retiram sais minerais. Possui com grandes populações e gosta de voar em locais ensolarados (heliófila). Seu voo é rápido e em altura mediana.
Lagartas têm o corpo amarelo esverdeado, quase liso, com pequenos tubérculos na cor negra. Os hábitos são solitários e diurnos. Alimentam de muitas espécies de cássias, plantas do gênero Senna, da família Solanaceae (Otero, 1996).
A. Soares

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Blepolenis batea batea (Hubner, [1821]), foto por: R. França

Blepolenis batea batea, R. França, Pedra Grande, Atibaia, SP.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Renato França (47 anos, fotógrafo/publicitário), feita em 10-III-2012, temos aqui nossa trigésima terceira participação do público! Trata-se de um belo close-up de Blepolenis batea batea (Hubner, [1821]), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Morphinae, capturada utilizando-se uma Canon EOS 7D (com 18.1m.pixels), em Pedra Grande, Atibaia, SP. Para a foto, tirada aproximadamente às 10h30min no início de uma manhã parcialmente nublada, o autor ainda usou uma lente macro de 105 mm da marca Nikkor.

Biologia

Foto tomada nas cercanias de Pedra Grande, Atibaia, capturou o autor no momento de repouso em uma folha, esta espécie de borboleta que voa nos períodos da aurora e crepúsculo. Há poucos dados a respeito de B. b. batea (Hubner, [1821]), sendo assim, para tratar sobre vários detalhes, a melhor maneira de citar tais particularidades sobre esta espécie é relacioná-la com as suas “primas”, as espécies do gênero Opsiphanes. É uma borboleta incomum que voa em locais sombreados (umbrófilos) sendo muito raramente avistada fora mata fechada. Presente tanto na mata secundária (menos freqüente) quanto nas primárias (mais freqüentes), prefere o nível mais próximo do solo da floresta onde visita frutos maduros caídos ao chão para se alimentar do sumo desses. Tem voo lento e com suaves guinadas nos sentidos vertical e horizontal. Como muitos indivíduos da tribo Brassolini, esta espécie possui nas cores das faces inferiores das asas, um excelente disfarce. Exibe assim ocelos e cores crípticas, que podem, ora funcionar como camuflagem (quando oculta o inseto nas mata) e ora como mimetismo (quando seus ocelos são tomados pelos predadores como olhos de animais) afugentado ou desviando o ataque das partes mais vitais do corpo de B. b. batea (com. pess. Luiz S. Otero).

Lagartas provavelmente, assim com as do gênero Opsiphanes, têm o corpo em tons verde ou castanho com listras longitudinais. A cabeça é muito típica com pares (dois ou mais) de cornos. A extremidade oposta do corpo também pode ser muito interessante, pois possivelmente, exibe dois apêndices espiniformes. Os hábitos devem ser gregários (em pequenos grupos) e noturnos. Alimentam-se, por exemplo, capim amargoso, Panicum lanatum Sw., Poaceae e o jerivá, Arecastrum romanzoffianum Becc., Arecaceae (Penz, Aiello & Srygley, 1999).
A. Soares

terça-feira, 12 de junho de 2012

Locais para se visitar e fotografar 02

Bosque do entorno, chegada a Pousada Shangrilah, Brejal, Posse, Petrópolis, RJ, por: R. Fonseca.
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O Sítio Shangrilah um pequeno complexo de ecolazer situado na localidade de Brejal, no Distrito da Posse, no do Município de Petrópolis. Atualmente o borboletário é um projeto que se encontra em estágio de preliminar, estando assim em funcionamento o jardim de borboletas, pré-requisito para a futura construção do borboletário.

Pousada Shangrilah, Brejal, Posse, Petrópolis, RJ, por: R. Fonseca.
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Instalações

O Sítio/Borboletário Shangrilah ainda reúne no em suas dependências: uma casa típica de fazenda do início do século XX que funciona como pousada rural e restaurante (especializado em alimentos naturais), um pomar orgânico e um canil voltado para a criação da raça Border Collie. 

Aguardando envio de imagem...
Jardim de borboletas, Pousada Shangrilah, Brejal, Posse, Petrópolis, RJ, por: R. Fonseca.
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Belezas naturais e os lepidópteros da área

Situada no CIRCUITO ECO-RURAL CAMINHOS DO BREJAL, área de mata atlântica de altitude, esta região montanhosa é cortada pelos vales dos Rios Piabanha e Paquequer tendo um clima ameno durante boa parte do ano. A região possui belezas cênicas incomparáveis como cachoeiras e picos escarpados. Além disso, há toda uma infraestrutura voltada para o ecoturismo permitindo o desfrute da natureza de um modo ímpar para nossa região. Já no universo dos lepidópteros são muitas espécies como opção para fotografar, destacando-se: a endêmica de altitude Morpho athena Otero, 1966, a majestosa Danaus erippus (Cramer, 1775), abundante Agrualis vanillae maculosa (Stichel, [1908]) e a incomum Pereute swainsoni (Gray, 1832). Ainda há a possibilidade, muito especial, de se fotografar espécimes perfeitos, recém eclodidos no próprio jardim de borboletas. 

Pequena queda d’água em córrego na Pousada Shamgrilah, Brejal, Posse, Petrópolis, RJ, por: R. Fonseca.
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Acesso de automóvel

Saindo do Rio de Janeiro, em direção à Petrópolis, seguir pela BR-040 até Pedro do Rio. Em Pedro do Rio, tomar e seguir pela Estrada União e Indústria, no mesmo sentido da BR, até o Distrito de Posse. Em Posse, siga as placas: CIRCUITO ECO-RURAL CAMINHOS DO BREJAL, ou procure o Banco HSBC, pois na esquina começa a Estrada do Brejal. Siga por ela até o km 5,8 e, enfim, você chegará!

Mapa para acesso a Pousada Shamgrilah, Brejal, Posse, Petrópolis, RJ.
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Contato para visitas

Os contatos para visitas devem ser feitos previamente através dos telefones: (21) 8604-2535 ou (24) 22592662 ou ainda pelo e-mail < relindes55@hotmail.com >.
A. Soares

Eurema elathea flavescens (Chavannes, 1850), foto por: R. Penalva

Eurema elathea flavescens, R. Penalva, Itacaré Eco Resort, Itacaré, BA.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Ruy Penalva (61 anos, médico/empresário), feita em 26-II-2012, temos aqui nossa trigésima segunda participação do público! Trata-se de um fantástico close-up de Eurema elathea flavescens (Chavannes, 1850), lepidóptero da família Pieridae, subfamília Coliadinae, tirada através de uma Canon EOS 7D (com 18m.pixels), na área do Itacaré Eco Resort, Itacaré, BA. Imagem capturada aproximadamente às 12h46min do início de uma tarde em dia ensolarado, o autor ainda usou uma lente EF 70-300mm L/IS Canon (USM Telephoto Lens). A imagem foi capturada com luz natural, abertura de diafragma f/7.1 e velocidade de 1/500.

Biologia

Capturada esta fantástica imagem no jardim do Itacaré Eco Resort ela nos traz a borboleta se alimentando exatamente no momento em que está com a probóscide do aparelho bucal (espirotromba) estendida procurando os tubos de néctar da flor para se alimentar. E. elathea flavescens (Chavannes, 1850), espécie comum e que gosta de voar em locais ensolarados (heliófilos) podendo ser vista nas bordas entre cidades e as áreas de matas (semiurbana) como também nas florestas secundárias. Esta é outra espécie que é muito mais observada nas áreas onde o homem alterou a mata. Aí tem população extremamente abundante. A fêmea pode ser vista em diversos locais próximos ao chão de preferência nem planta alimento das lagartas, onde com atenção é muito fácil se ver a desova. Já os machos também vão ao chão procurando por locais úmidos como possas de águas e praias de riachos, onde bebem água com sais.  A espécie possui um voo lento, mas irregular.

Há poucos dados sobre as lagartas dessa espécie. Mas, como em geral no caso das pequenas borboletas da subfamília Coliadinae (gêneros Eurema, Pyrisitia, Kricogonia, etc), as lagartas são verdes claras, com faixas laterais ao longo do corpo em cores claras (creme ou amarela são as mais comuns). Quanto ao aspecto, têm a primeira vista um corpo liso, porém um olhar mais atento mostra que o corpo com coberto de pequenos e finos pelos. Provavelmente seus hábitos são diurnos e isolados. Alimentam-se de várias plantas (polífogas) dos seguintes gêneros da família Fabaceae: Zornia, Stylosanthes e Senna. Tem especial preferência por: Senna alata (Costa Lima, 1968).
A. Soares

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Anteos menippe (Hubner, [1818]), foto por: R. Santos

Anteos menippe, R. Santos, Bairro Aviação, Abaetetuba, PA.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Rui Santos (46 anos, funcionário público), feita em 01-VI-2012, temos aqui nossa trigésima primeira participação do público! Trata-se de um belo close-up de Anteos menippe (Hubner, [1818]), lepidóptero da família Pieridae, subfamília Coliadinae, capturada utilizando-se uma Fujifilm FinePix HS20EXR (com 16m.pixels), no Bairro da Aviação, Município de Abaetetuba, PA. A foto foi tirada aproximadamente às 10h30min de uma manhã ensolarada, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Feita a foto nas matas do Bairro da Aviação, em Abaetetuba cidade do fotógrafo e orquidófilo, vemos a borboleta alimentando-se nas belas flores roxas da trepadeira Duranta repens L., uma planta da família Verbenaceae, um fato incomum, uma vez que as borboletas da família Pieridae, em geral, têm preferência por flores, ou inflorescências de cores vermelhas, laranjas ou amarelas (com. pess. Luiz S. Otero). A. menippe (Hubner, [1818]), com certeza é uma das borboletas mais perfeitamente adaptadas às áreas urbanas sendo aí observadas com facilidade até nas zonas mais edificadas das cidades! Provavelmente isto se deve a dois fatores: sua resistência à poluição atmosférica e abundância de alimento provido pelo uso, rotineiro, da árvore Senna siamea Lam. (planta alimento das lagartas), na arborização de parques e jardins. Também pode ser encontrada nas fronteiras entre as cidades e as florestas (semiurbana). Além dessa presença dentro ou próxima aos centros urbanos, pode-se também avistá-la nos campos ou florestas onde marca presença em flores ou inflorescências nas bordas de trilhas e estradas, região em que é igualmente possível ver os machos sobrevoando o solo molhado ou margens de poças de água após chuvas, onde bebem água e retiram sais minerais. Possui com grandes populações e gosta de voar em locais ensolarados (heliófila). Seu voo é rápido, alto e com guinadas em sua trajetória, capacidade que lhe proporciona uma defesa contra os ataques de pássaros.

As lagartas têm um corpo ligeiramente corrugado, quase liso. As cores são: um verde claro predominante com duas faixas laterais, de cada lado corpo, na cor creme. Têm hábito diurno e isolado. Alimentam-se basicamente de plantas da família Fabaceae, em especial de Senna siamea Lam. (Otero, 1986).
A. Soares