quinta-feira, 21 de junho de 2012

Phoebis philea philea (Linnaeus, 1763), foto por: C. Koschnitzke

Phoebis philea philea, C. Koschnitzke, na Lagoa do Visgueiro, Parq. Nac. Rest. Jurubatiba, Quissamã, RJ.
Clique na foto para vê-la ampliada!

O autor, a espécie e a foto

Em foto de Cristiana Koschnitzke (47 anos, bióloga/botânica), feita em 12-IV-2012, temos aqui nossa trigésima quarta participação do público! Trata-se de uma boa foto de Phoebis philea philea (Linnaeus, 1763), lepidóptero da família Pieridae, subfamília Coliadinae, capturada utilizando-se uma Kodak EasyShare C713 (com 7m.pixels), na Lagoa do Visgueiro, Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, em Quissamã, RJ. Para a foto, tirada aproximadamente às 1oh no início de uma manhã nublada, a autora usou lente padrão da máquina.

Biologia

Tirada a foto nas cercanias da Lagoa do Visgueiro, Parq. Nac. da Rest. de Jurubatiba, Quissamã, RJ, vemos timidamente a borboleta entre a folhagem no momento em que seu aparelho bucal (espirotromba) está estendido, mas ainda não foi introduzido na corola da Temnadenia odorifera (Vell.) J.F. Morales uma planta da família Apocynaceae. P. p. philea (Linnaeus, 1763), é mais uma das borboletas do grupo que se adapta muito bem às áreas urbanas, sendo frequentemente observadas até nas zonas edificadas das cidades. A respeito deste fato, pode-se dizer desta espécie o mesmo que falamos sobre A. menippe (Hubner, [1818]), ou seja, que esta adaptação se deve a dois fatores: sua resistência à poluição atmosférica e abundância de alimento provido pelo uso, rotineiro, da árvore Senna siamea Lam. (uma das várias plantas deste gênero que servem de alimento para as suas lagartas), na arborização de parques e jardins. Além disso, ainda corrobora para a presença em grandes populações dentro das cidades o fato do adulto dessa espécie estar enfeudado a flores cultivadas dos gêneros Impatiens, Hibiscus, Ixora e Duranta (Otero, 1986), o que facilita a procura por néctar. Também pode ser encontrada nas fronteiras entre as cidades e as florestas (semiurbana). Além dessa presença dentro ou próxima aos centros urbanos, pode-se também avistá-la nos campos ou florestas onde marca presença em flores ou inflorescências nas bordas de trilhas e estradas, região em que é igualmente possível ver os machos sobrevoando o solo molhado ou margens de poças de água após chuvas, onde bebem água e retiram sais minerais. Possui com grandes populações e gosta de voar em locais ensolarados (heliófila). Seu voo é rápido e em altura mediana.
Lagartas têm o corpo amarelo esverdeado, quase liso, com pequenos tubérculos na cor negra. Os hábitos são solitários e diurnos. Alimentam de muitas espécies de cássias, plantas do gênero Senna, da família Solanaceae (Otero, 1996).
A. Soares

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