sábado, 23 de junho de 2012

Heraclides torquatus polybius (Swainson, 1823), foto por: F. Sandrin

Heraclides torquatus polybius, F. Sandrin, Horto Florestal (Estação Experimental) Bauru, SP.
Clique na foto para vê-la ampliada!

O autor, a espécie e a foto

Em foto de Fátima Sandrin (59 anos, professora, bióloga/etóloga), feita em 31-III-2012, temos aqui nossa trigésima sexta participação do público! Trata-se de uma bela foto de Heraclides torquatus polybius (Swainson, 1823), lepidóptero da família Papilionidae, subfamília Papilioninae, feita por meio de uma Canon EOS 2Ti (com 18m.pixels), no Horto Florestal (Estação Experimental) da cidade de Bauru, SP. Para a foto, tirada aproximadamente às 10h30min em dia parcialmente nublado, a autora usou uma lente Canon 135mm. A imagem foi capturada com luz natural, abertura de diafragma f. 5.6, velocidade 1/60 s, ISO 400, distância do objeto 0,67 m.

Biologia

A foto feita na Estação Experimental do Horto Florestal de Bauru é muito interessante, pois temos um indivíduo com uma variação no amarelo das asas, que tende ao branco! Nela vemos a borboleta sobre ramos de gramíneas em decomposição, em uma área sombreada do bosque. H. torquatus polybius (Swainson, 1823), é uma espécie onde a aparência do indivíduo macho exibe uma marcante diferença em relação a fêmea (dimorfismo sexual). Assim sendo, o exemplar que ilustra este artigo é um macho, já as fêmeas são muito diferentes tendo as cores das asas em predominantemente em negro, com uma grande mácula branca na área das células discais em ambas as asas anteriores e ainda uma banda, de células não contínuas, vermelho-rosada na área pós-mediana das asas posteriores. Ou seja, o indivíduo do sexo feminino não exibe amarelo, nem variações desta cor, nas asas. Esta espécie é encontrada em uma grande área, ocorrendo desde o sul da Bahia, passando pelo Sudeste e atingindo o seu limite: a oeste no Mato Grosso do Sul e ao sul no oeste de Santa Catarina. É um inseto comum, que gosta de voar em locais ensolarados (heliófilos) podendo ser observado esporadicamente, em vários habitats. Por vezes, está presente nos ambientes perturbados como nas bordas entre cidade, as áreas de matas (semiurbana) e florestas secundárias, pois suas lagartas nutrem-se esporadicamente das folhas novas de laranjeiras, preferindo, no entanto, rutáceas silvestres (Otero, 1992), existentes nos ambientes preservados, como as florestas primárias, onde sua população é maior. Tem por rotinas a manutenção de um raio de voo relativamente próximo dos sítios onde haja boa disponibilidade de flores. Os machos também são avistados no chão bebendo água com sais. O voo é veloz e irregular.

As lagartas têm um corpo coberto esparsamente de pequenos tubérculos espinhosos. A cor, nos estágios finais próximos do encrisalidar, é predominantemente marrom, castanho e amarelo esbranquiçado. É assim, outro exemplo onde a larva se parece com excremento de pássaros. Seus hábitos são diurnos e solitários. As lagartas se alimentam de várias plantas (são polífogas) da família botânica Rutaceae (Otero, 1992).
A. Soares & F. Sandrin

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