segunda-feira, 18 de junho de 2012

Blepolenis batea batea (Hubner, [1821]), foto por: R. França

Blepolenis batea batea, R. França, Pedra Grande, Atibaia, SP.
Clique na foto para vê-la ampliada!

O autor, a espécie e a foto

Em foto de Renato França (47 anos, fotógrafo/publicitário), feita em 10-III-2012, temos aqui nossa trigésima terceira participação do público! Trata-se de um belo close-up de Blepolenis batea batea (Hubner, [1821]), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Morphinae, capturada utilizando-se uma Canon EOS 7D (com 18.1m.pixels), em Pedra Grande, Atibaia, SP. Para a foto, tirada aproximadamente às 10h30min no início de uma manhã parcialmente nublada, o autor ainda usou uma lente macro de 105 mm da marca Nikkor.

Biologia

Foto tomada nas cercanias de Pedra Grande, Atibaia, capturou o autor no momento de repouso em uma folha, esta espécie de borboleta que voa nos períodos da aurora e crepúsculo. Há poucos dados a respeito de B. b. batea (Hubner, [1821]), sendo assim, para tratar sobre vários detalhes, a melhor maneira de citar tais particularidades sobre esta espécie é relacioná-la com as suas “primas”, as espécies do gênero Opsiphanes. É uma borboleta incomum que voa em locais sombreados (umbrófilos) sendo muito raramente avistada fora mata fechada. Presente tanto na mata secundária (menos freqüente) quanto nas primárias (mais freqüentes), prefere o nível mais próximo do solo da floresta onde visita frutos maduros caídos ao chão para se alimentar do sumo desses. Tem voo lento e com suaves guinadas nos sentidos vertical e horizontal. Como muitos indivíduos da tribo Brassolini, esta espécie possui nas cores das faces inferiores das asas, um excelente disfarce. Exibe assim ocelos e cores crípticas, que podem, ora funcionar como camuflagem (quando oculta o inseto nas mata) e ora como mimetismo (quando seus ocelos são tomados pelos predadores como olhos de animais) afugentado ou desviando o ataque das partes mais vitais do corpo de B. b. batea (com. pess. Luiz S. Otero).

Lagartas provavelmente, assim com as do gênero Opsiphanes, têm o corpo em tons verde ou castanho com listras longitudinais. A cabeça é muito típica com pares (dois ou mais) de cornos. A extremidade oposta do corpo também pode ser muito interessante, pois possivelmente, exibe dois apêndices espiniformes. Os hábitos devem ser gregários (em pequenos grupos) e noturnos. Alimentam-se, por exemplo, capim amargoso, Panicum lanatum Sw., Poaceae e o jerivá, Arecastrum romanzoffianum Becc., Arecaceae (Penz, Aiello & Srygley, 1999).
A. Soares

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