sábado, 4 de fevereiro de 2012

Heliconius sara apseudes (Hubner, [1813]), foto por: M. F. Castilhori

Heliconius sara apseudes, M. F. Castilhori, Parque Nac. da Rest. de Jurubatiba, Macaé, RJ.
Clique na foto para vê-la ampliada!

O autor, a espécie e a foto

Em foto de Marcelo Fraga Castilhori (35 anos, biólogo), feita em maio de 2008, temos aqui nossa terceira participação do público! Trata-se de uma interessante cena de duas Heliconius sara apseudes (Hubner, [1813]), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Heliconiinae, tirada através de uma Olympus C5500 Sport Zoom (com 10.5m.pixels), no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba (PNRJ), em Macaé, RJ. Nessa foto, capturada aproximadamente às 11h30min da manhã, em dia ensolarado, o autor usou a lente padrão da própria máquina.

Biologia

Tirada a foto na área de restinga arenosa do PNRJ, esta mostra duas borboletas exatamente no momento em que uma das delas (à direita) está com a probóscide do aparelho bucal (espirotromba) estendida para se alimentar no ramalhete (inflorescência) do gravatá Aechmea nudicaulis (L.) Grise, uma planta da família Bromeliaceae. H. sara apseudes (Hubner, [1813]), espécie muito comum e que gosta de voar em locais ensolarados (heliófila), também pode ser encontrada nas bordas entre cidades e as áreas de matas (semiurbana). No ambiente de restinga tem população abundante, sendo um dos mais típicos lepidópteros observados aí. Seus machos possuem duas características comportamentais muito interessantes: se reúnem em bandos para passar a noite e, quando na época da reprodução, copulam as fêmeas logo após a saída dessas das crisálidas, nem esperando pelo distender das asas das companheiras! Seu voo é normalmente lento pairando. Porém, se ameaçada, pode reagir e passar a voar velozmente e com trajetória irregular (Otero, 1986).

As lagartas têm o corpo amarelo com espinhos e cabeça negra, e ainda apresentam hábitos diurno e gregário. Alimentam-se de diversos tipos de maracujás (plantas da família Passifloraceae), podendo, por exemplo, comer tanto o Tetrastylis ovalis (Vell.), o maracujá selvagem, quanto o Passiflora edulis (Sims), o maracujá cultivado.
A. Soares

2 comentários:

  1. Bem terminado mais este ciclo de revisões no Lepidopterófilo, estou agradecendo em meu nome e em nome de todos que participam, ou participarão, por aqui, ao colega Marcelo F. Castilhori pela colaboração com o blog, cedendo esta foto. Todos nós lepidopterófilos ficamos muito gratos a você Marcelo!
    A. Soares

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    1. Obrigado pela oportunidade
      até mais
      Marcelo Fraga Castilhori

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