sábado, 25 de fevereiro de 2012

Detalhando o visual dos lepidópteros 01: o corpo

Visão dorsal do corpo de uma borboleta, esquema por: L. A. Costa.
Clique no esquema para vê-lo ampliado!

Legenda 1
A- CABEÇA:
1- Aparelho bucal, espirotromba; 2- Antena (*); 3- Ocelo (*); 4- Olho composto (*).
B- TÓRAX:
1- Protórax; 2- Mesotórax; 3- Metatórax; 4- Base da asa anterior (*); 5- Base da asa posterior (*); 6- Perna anterior (*); 7- Perna mediana (*); 8- Perna posterior (*); 9- Tégula (*).
C- ABDÔMEN.
(*) Sendo o corpo dos lepidópteros composto de duas faces equivalentes (simetria bilateral), todas as estruturas assinaladas existem aos pares, estando suas correspondentes no lado oposto do corpo.

Introdução

Não é nossa intenção apresentar aqui de modo acadêmico a morfologia externa de um lepidóptero. Todavia, achamos que um pequeno resumo seria muito bom, pois além de enriquecer os conhecimentos dos colegas lepidopterófilos, torna-os mais aptos para explorar fotograficamente, não só o inseto como um todo, como também suas peças anatômicas que têm um incrível potencial fotográfico, podendo ser tão belas quanto o próprio inseto. Assim, para ajudar no melhor modo de se reconhecer e distinguir as incríveis e belas partes de uma borboleta ou mariposa (como, por exemplo: as antenas, as asas e os olhos), passamos a apresentar aqui série básica de artigos sobre a morfologia externa dos lepidópteros.

Visão lateral do corpo de uma borboleta, esquema por: L. A. Costa.
Clique no esquema para vê-lo ampliado!

Legenda 2
A- CABEÇA:
1- Aparelho bucal, espirotromba; 2- Antena (*); 3- Ocelo, saliência atrás do olho composto (*); 4- Olho composto (*); 5- Palpo labial (*).
B- TÓRAX:
1- Protórax; 2- Mesotórax; 3- Metatórax; 4- Base da asa anterior (*); 5- Base da asa posterior (*); 6- Perna anterior (*); 7- Perna mediana (*); 8- Perna posterior (*).
C- ABDÔMEN:
1- Abertura respiratória, espiráculo (**); 2- Armadura externa do aparelho reprodutor.
(*) Sendo o corpo dos lepidópteros composto de duas faces equivalentes (simetria bilateral), todas as estruturas assinaladas existem aos pares, estando suas correspondentes no lado oposto do corpo.
(**) As estruturas assinaladas existem aos pares em cada segmento abdominal, onde se encontram figuradas.

O corpo

O corpo de um lepidóptero tem grande parte da sua superfície revestida por um esqueleto externo constituído de placas quitina (substância química que compõe o exoesqueleto dos insetos). Também possui outras áreas, muito menos quitinizadas e mais membranosas. É dividido em três partes: cabeça, tórax e abdômen.
A cabeça é a menor porção do corpo, não apresenta placas subdivisoras e tem basicamente estruturas aos pares, sendo os mais relevantes: as antenas, os olhos compostos, os ocelos (não são facilmente visualizados) e todo um complexo de pares de peças bucais onde se destaca a probóscide (espirotromba), que é uma modificação, pós-metamorfose, do par de maxilas das lagartas. Tal complexo será melhor abordado posteriormente no artigo sobre a cabeça.
O tórax está na parte intermediaria do corpo. É uma porção mais rígida e robusta do corpo, pois é revestido por fortes placas esqueléticas, que se dividem setorizando o tórax. Daí ele ser subdividido em: pró, meso e metatórax. Nele também estão localizados os apêndices locomotores do inseto, que são: três pares de pernas e dois pares de asas. Há ainda de relevante uma proteção na base das asas anteriores (primeiro par), chamada tégula e dois pares de aberturas respiratórias (estigmas ou espiráculos) que são de difícil visualização. Estes apêndices e estruturas serão também posteriormente abordados no artigo sobre o tórax.
Por fim, temos o abdômen à parte mais alongada que é composta de onze segmentos, dos quais oito são visíveis, sendo que, conforme a espécie existe de 6 a 8 pares de aberturas respiratórias, dispostas uma de cada lado do corpo. Os segmentos têm forma anelar conferindo um aspecto tubular ao abdômen, a exceção dos últimos, mais extremos, que são diferenciados de modo a formar a armadura externa do aparelho reprodutor (genitália) e o ânus, que futuramente serão abordados em artigo sobre o abdômen.
A. Soares

Nenhum comentário:

Postar um comentário