sexta-feira, 30 de março de 2012

Pseudolycaena marsyas (Linnaeus, 1758), foto por: J. Bizarro

Pseudolycaena marsyas, J. Bizarro, Rev. Eco. do Guapiaçu, Cach. de Macacu, RJ.
Clique na foto para vê-la ampliada!

O autor, a espécie e a foto

Em foto de Jorge Bizarro (50 anos, médico/entomólogo), feita em 29-III-2011, temos aqui nossa vigésima segunda do público! Trata-se de um fantástico close-up de Pseudolycaena marsyas (Linnaeus, 1758), lepidóptero da família Lycaenidae, subfamília Theclinae, capturada através de uma Sony Cyber-shot DSC-W310 (com 12.1m.pixels), na Reserva Ecológica do Guapiaçu (REGUA), em Cachoeiras de Macacu, RJ. A foto foi tirada em um final de manhã ensolarada, aproximadamente às 12h, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Nesta foto capturada no horto da REGUA (Fazenda São José), vemos a borboleta pousada, em uma muda de camboatá, Cupania vernalis Cambess, planta da família Sapindaceae e madeira cultivada para replantio. Detalhe muito precioso nesta foto é que o autor conseguiu capturar imagem de um espécime em perfeito estado, como suas asas íntegras. Isto é muito incomum, pois a espécie muito atacada por predadores, e por isso, é normalmente vista com partes de suas asas mutiladas. P. marsyas (Linnaeus, 1758), espécie comum que gosta de voar em locais ensolarados (heliófila), mas se abriga em região sombria da floresta (humbrófila). Pode ser encontrada nas fronteiras entre as cidades e as florestas (semiurbana). Assim sendo, na periferia das cidades, campos ou florestas pode ser vista frequentemente em flores ou inflorescências nas bordas de trilhas e estradas. Quanto ao tipo de mata, tem preferência por florestas secundárias. Seu voo é rápido e errático, buscando suas fontes de néctar onde haja tanto flores silvestres como cultivadas.

Suas lagartas são de cor verde esmeralda em toda área do corpo (Otero & Marigo, 1990). Como em geral na família Lycaenidae a cabeça está voltada para a porção inferior do corpo (críptica), sendo de difícil visualização. Isso confere a elas um aspecto de larva de outra ordem de inseto, diferente do jeito de tradicional de ser de uma lagarta. Apresentam hábitos diurnos e isolados. Suas lagartas comem muitas flores de plantas diferentes (polífogas). Como exemplo, temos registro de se alimentarem: de plantas do gênero Asterocarpus, que pertencem à família Moraceae e até mesmo de plantas exóticas como a mangueira, Mangifera indica L., uma Anacardiacaea (Costa Lima, 1936). Por fim, temos um registro em comunicação pessoal de J. Bizarro, para postura em Ingá, uma planta da família Fabaceae (antiga Leguminosae).
A. Soares & J. Bizarro

4 comentários:

  1. Parabéns pelo seu blog! Muito organizadomuito esclarecedo. Esta semana fotografei na zona rural de Paudalho - PE um individuo dessa espécie. É uma borboleta muito bonita e felizmente ela estava em perfeito estado. Um abraço!

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    1. Obrigado, caro Helio.
      É uma pena que nos últimos tempos ele (o blog) está parado. Sabe estou divulgando o hobby ao vivo em saídas como o Grupo GOBAN (Grupo de Observadores de Borboletas das Agulhas Negras). Isto está tomando todo o meu tempo de modo que o blog está sem atenção. É o custo de se fazer uma coisa real. Coisas virtuais são boas, mas coisas reais nem se comparam as virtuais...

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  2. Ótimo post Jorge! Parabéns. No jardim de casa tem uma lagarta dela, coisa mais linda! Nunca tinha visto igual!!

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