quinta-feira, 22 de março de 2012

Pereute antodyca (Boisduval, 1836), foto por: A. Martin

Pereute antodyca, A. Martin, Rev. Eco. do Guapiaçu, Cach. de Macacu, RJ.
Clique na foto para vê-la ampliada!

O autor, a espécie e a foto

Em foto de Alan Martin (58 anos, contabilista/aposentado), feita em 19-III-2011, temos aqui nossa vigésima participação do público! Trata-se de uma bonita imagem de Pereute antodyca (Boisduval, 1836), lepidóptero da família Pieridae, subfamília Pierinae, colhida utilizando-se uma Canon EOS D40 (com 10.1m.pixels), na Reserva Ecológica do Guapiaçu (REGUA), em Cachoeiras de Macacu, RJ. Para a foto, tirada aproximadamente às 13h15min de uma tarde ensolarada, o autor ainda usou uma lente macro de Ef 100-400L IS da marca Canon.

Novo registro

A foto inaugura um novo parágrafo (novo registro), aqui no blog. Ela nos traz a primeira imagem de uma ocorrência, até então desconhecida, em uma determinada unidade de conservação, pois na literatura sobre lepidopterofauna da REGUA, não tínhamos relacionada à presença de P. antodyca (Boisduval, 1836). Com a foto, o autor contribui para o conhecimento local dessa fauna, acrescentando registro de tal espécie, ao inventário de lepidópteros da REGUA. Parabéns!

Biologia
Tirada a foto na área dos banhados da REGUA, vemos a borboleta com sua probóscide (espirotromba) estendia se alimentando no buquê de flores (inflorescência) do arbusto Lantana camara L., uma planta da família Verbenaceae. P. antodyca (Boisduval, 1836), é espécie uma cuja facilidade de observação pode variar. Há locais, como no exemplo na REGUA, em que sua população é pequena sendo incomum o avistamento. Já em outros, como a Serra do Japi (que fica situada entre os municípios de Jundiaí e Campinas, SP), é comum (Brown, 1992).  Mais atipicamente, em relação a outras borboletas da mesma família, ocorre em áreas de pouca insolação (semi-umbrófila), quase na zona de sombra, sendo encontrada em matas onde haja resíduos de florestas primárias. Todavia, pode ser avistada também nas bordas entre as florestas primárias e as secundárias. Têm vôo que varia de velocidade lenta para mediana. Os machos como geralmente se observa em muitas espécies de pierídeos, vem ao chão para beber água com sais nas bordas lamacentas de poças d’água.
Lagartas, como na maioria das espécies da família Pieridae, têm um corpo liso ou no máximo recobertos com finíssimos e esparsos pelos. Seus hábitos são diurnos, gregários e se alimentam basicamente de plantas da família Loranthaceae, (Brown, 1992).
A. Soares

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