sexta-feira, 23 de março de 2012

Ascia monuste orseis (Godart, 1819), foto por: A. Soares

Ascia monuste orseis, A. Soares, Rev. Eco. do Guapiaçu, Cach. de Macacu, RJ.
Clique na foto para vê-la ampliada!


O autor, a espécie e a foto

Em foto de Alexandre Soares (52 anos, biólogo), feita em 25-III-2011, temos aqui nossa vigésima primeira participação do público! Trata-se de mais uma boa imagem de Ascia monuste orseis (Godart, 1819), lepidóptero da família Pieridae, subfamília Pierinae, capturada através de uma Sony Cyber-shot DSC-W330 (com 14.1m.pixels), na Reserva Ecológica do Guapiaçu (REGUA), em Cachoeiras de Macacu, RJ. A foto foi tirada no meio de uma manhã parcialmente nublada, aproximadamente às 10h:15min, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Na foto, feita nos banhados da REGUA, nós vemos a borboleta sobre o buquê de flores (inflorescência) do arbusto Lantana camara L., planta da família Verbenaceae, uma das suas fontes de alimento preferidas. A. monuste orseis (Godart, 1819), é possivelmente a mais comum espécie da família Pieridae a voar no sudeste do Brasil. Abundante vive em qualquer área ensolarada (heliófila). É extremamente resistente as mudanças do ambiente. Seu grau de adaptação ao homem é enorme, isso a torna uma espécie típica das áreas urbanas, semi-urbanas ou florestas secundárias. É possível vê-la até nos centros urbanos das maiores cidades! Está registrada em literatura como praga das plantas crucíferas silvestres e cultivadas, como por exemplo, a couve. Seu voo é normalmente lento pairando sempre buscando pelas flores ou buquês (inflorescências). Os machos freqüentam o chão onde em procuram por poças d’água para beber água junto com os sais contidos nela. E aí, comparecem as centenas, por vezes aos milhares, gerando uma reunião de borboletas popularmente chamada de panapaná. É um ótimo exemplo de borboleta, facilmente criada em cativeiro, e por isso mesmo, indicada para uso didático em salas de aula e nos borboletários (comunicação pessoal Luiz Otero), desde que devidamente autorizados. A. monuste orseis (Godart, 1819), é um inseto tão vulgar que pode ser assim considerado semidoméstico e cuja criação, de um modo adequado, não traz mal algum. Pelo contrário! O ganho em consciência ambiental e formação educacional, com a permissão para a utilização desta preciosa “bioferramenta”, por parte dos professores ao exemplificar para seus alunos detalhes importantes do conteúdo programático, proporcionaria as autoridades certeiro investimento na geração de uma consciência “preservacionista”! Para finalizar, cabe ressaltar isto exemplificando através do uso por Taiwan, da espécie Euploea tulliolus (Fabricius, 1793), ou popurlamente - purple crow, em atividades curriculares de alunos dos mais diferenciados níveis (comunicação pessoal Luiz Otero).

Suas lagartas apresentam corpo com faixas longitudinais, negras e amarelas com finíssimos pelos esparsos por todo corpo. Têm hábitos diurnos e gregários. Alimentam-se de várias plantas da família Brassicaceae (antigas Cruciferae), em especial de Brassica oleraceae L., a couve cultivada (Otero, 1986).

Nota 
Em complemento, estamos colocando aqui em destaque neste parágrafo, link para um filme onde o professor David Lin, da Mingdao High School, em Taichung, Taiwan, participa em uma ação junto com seus alunos do nível médio, da captura uma dessas borboletas para marcá-la. Sim senhores, Taiwan convoca toda uma rede de estudantes para capturar, criar ou simplesmente observar, (depende das ações que são promovidas pelas diferentes instituições de educação) a purple crow ao longo de sua rota de migração. Clique abaixo para acessar a página do filme e nela escolha o segundo filme para assistir:
A. Soares

Nenhum comentário:

Postar um comentário