sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Rhetus periander eleusinus Stichel, 1910), foto por: R. Penalva

Rhetus periander eleusinus, R. Penalva, Itacaré Eco Resort, Itacaré, BA.
Clique na foto para vê-la ampliada!

O autor, a espécie e a foto

Em foto de Ruy Penalva (61 anos, médico/empresário), feita em 26-II-2012, temos aqui nossa quadragésima nona participação do público! Trata-se de um bom flagrante de Rhetus periander eleusinus (Stichel, 1910), lepidóptero da família Riodinidae, subfamília Riodininae, tirada através de uma Canon EOS 7D (com 18m.pixels), na área do Itacaré Eco Resort, Itacaré, BA. Nessa foto, feita em uma final de manhã às 10h de um dia ensolarado, o autor usou uma lente Canon EF 70-300 I. A imagem foi capturada com luz natural, abertura de diafragma f/7.5 e velocidade de 1/500.

Biologia

Tirada a foto na área do manguezal próxima ao riacho do Itacaré Eco Resort, vemos a borboleta em pouso típico, sob a parte inferior das folhas de um grupo de plantas da família das Bromeliaceae e Marantaceae. R. periander eleusinus (Stichel, 1910), é uma espécie de riodinídeo bem comum e que gosta de voar tanto em locais ensolarados (heliófilos) quanto em sombreados (umbrófilos). Ela pode ser considerada semiurbana sendo, por vezes, avistada nas bordas entre cidades e as áreas de matas. Nos ambientes silvestres está mais presente nas florestas secundárias do que nas primárias. Na rotina alimentar, além buscarem nas flores e inflorescências, o néctar, seus machos também freqüentam o solo onde bebem água e sais para complementarem sua dieta. Possui um voo rapidíssimo e uma grande diferença na coloração entre os machos e as fêmeas (dimorfismo sexual). Assim, os machos têm cores azuis na face superior das asas. Já as fêmeas são desprovidas de tal azul. Nas faces inferiores, ambos os sexos, apresentam colorações semelhante.

As lagartas têm corpo parcialmente recoberto com tufos de pelos grenás. Exibem quase totalmente a cor negra, mas há dorsalmente na porção mediana, machas na cor creme e ainda pontos vermelhos que são pedúnculos distribuídos pelo corpo de onde saem os tufos de pelos. Vivem isoladamente e se empupam sobre as folhas. No norte do continente sul americano, há registro de se alimentar do guabá, Ingá punctata Willd., uma planta da família Fabaceae. Além disso, aqui no Sudeste do Brasil, e um exemplo de adaptação alimentar a uma planta não nativa! Assim sendo, há registro de se alimentar da amendoeira-da-praia, Terminalia catappa L., uma planta da família Combretaceae, oriunda da Ásia (Otero, 1999).
A. Soares

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