quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Carminda paeon (Godart, [1824]), foto por: R. França

Carminda paeon, R. França, Pedra Grande, Atibaia, SP.
Clique na foto para vê-la ampliada!

O autor, a espécie e a foto

Em foto de Renato França (47 anos, fotógrafo/publicitário), feita em 06-IV-2012, temos aqui nossa quadragésima oitava partipação do público! Trata-se de um belo close-up de Carminda paeon (Godart, [1824]), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Satyrinae, capturada utilizando-se uma Canon EOS 7D (com 18.1m.pixels), em Pedra Grande, Atibaia, SP. Para a foto, tirada aproximadamente às 13h15min no início de uma tarde parcialmente nublada, o autor ainda usou uma lente macro de 105 mm da marca Nikkor.

Biologia

Em foto tirada nas cercanias de Pedra Grande, Atibaia, o autor flagrou, em momento de repouso em uma folha, uma bela fêmea desta borboleta demonstrada pelas cores vivas das asas posteriores (machos têm cores mais pálidas). C. paeon (Godart, [1824]), é uma borboleta comum que voa em locais sombreados (umbrófilos) sendo muito raramente avistada fora mata fechada. Presente tanto na mata secundária quanto nas primárias, prefere o nível mais próximo do solo da floresta onde visita frutos maduros caídos ao chão para se alimentar do sumo desses. Tem voo lento e ligeiramente errático. Como muitas espécies da subfamília Satyrinae, esta possui nas cores das faces inferiores das asas um excelente disfarce. Exibe assim cores crípticas, que funcionam como camuflagem ocultando o inseto na mata. Excelente meio de atração para se melhor observar C. paeon (Godart, [1824]) é a utilização de iscas feitas com frutas maduras e caldo-de-cana e posicionadas nas trilhas no interior da mata.

Pouco há descrito sobre as lagartas dessa espécie. Usando um referencial geral das lagartas da subfamília podemos dizer que: provavelmente seus corpos são quase lisos com discretas corrugações anelares e possivelmente são recobertos de pelos finíssimos. Pode haver um par de pequenos cornos na cabeça e na parte posterior par de apêndices espiniformes. Nas cores devem predominar tons marrom ou verde. Os hábitos devem noturnos, isolados ou gregários em pequenos grupos. Já quanto à alimentação há registro de comerem folhas de bambus (Brown, 1992).
A. Soares

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