domingo, 29 de abril de 2012

Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779), foto por: R. Penalva

Dryas iulia alcionea, R. Penalva, Encontro das Águas, Lauro de Freitas, BA.
Clique na foto para vê-la ampliada!

O autor, a espécie e a foto

Em foto de Ruy Penalva (60 anos, médico/empresário), feita em 31-V-2009, temos aqui nossa vigésima sétima participação do público! Trata-se de uma boa foto de Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Heliconiinae, tirada através de uma Canon EOS Rebel XTi 450 (com 10.1m.pixels), nos arredores do Condomínio Encontro das Águas, em Lauro de Freitas, BA. Imagem capturada aproximadamente às 11h30min da manhã em dia ensolarado, o autor usou uma lente 75-300 IS Canon equivalente na neste modelo de máquina a 120-480mm. A imagem foi capturada com luz natural, abertura de diafragma f/10 e velocidade de 1/800.

Biologia

A foto tomada no entorno da residência do autor mostra a borboleta se alimentando sobre o buquê de flores (inflorescência) do arbusto cambará, Lantana camara L., planta da família Verbenaceae, uma das principais fontes de alimento. D. iulia alcionea (Cramer, 1779), espécie comum e que gosta de voar em locais ensolarados (heliófilos) podendo ser vista nas bordas entre cidades e as áreas de matas (semiurbana) como também nas florestas secundárias. Esta é outra espécie é muito avistada nas áreas onde o homem alterou a mata, tendo populações abundantes nestes locais. A espécie possui um voo de velocidade média, sendo um pouco mais rápida que outros Heliconiinae no mesmo porte. Muitas vezes desce em grupos para sugar substâncias nutritivas da água, no chão ou sobre pedras, formando conjuntos (Otero & Marigo, 1990). Pode ser confundida quando vista pela sua face dorsal com Dione juno juno (Cramer, 1779), diferindo principalmente por: apresentar nas asas posteriores, a banda marrom da margem externa da asa, mais estreita e como pontos laranjas.

As lagartas têm um corpo coberto de processos espinhosos. A cor é predominantemente negra com máculas creme, distribuídas principalmente sobre o dorso e a lateral do corpo. Seus hábitos são diurnos e isolados. São agressivas, canibais e alimenta-se basicamente de plantas da família Passifloraceae, preferindo as espécies de maracujás silvestres (Otero & Marigo, 1990). Em geral o ataque acontece quando eclodem novas lagartas em uma planta onde já existe lagarta em estágio mais avançado. O indivíduo mais velho canibaliza quase sempre todas as lagartas recém-eclodidas que estão compartilhando a mesma planta (com. pess. Luiz S. Otero).
A. Soares

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