domingo, 20 de maio de 2012

Morpho aega aega (Hubner, [1822]), foto por: L. Hardman

Morpho aega aega, L. Hardman, em Pedra Grande , Atibaia, SP.
Clique na foto para vê-la ampliada!

O autor, a espécie e a foto

Em foto de Lucas Hardman (24 anos, biólogo), feita em 12-V-2012, temos aqui nossa vigésima nona participação do público! Trata-se de uma boa foto de M. aega aega (Hubner, [1822]), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Morphinae, capturada utilizando-se uma Canon EOS 7D (com 18.1m.pixels), na região de Pedra Grande, em Atibaia, SP. Para a foto, tirada aproximadamente às 14h15min no início de uma tarde ensolarada, o autor ainda usou uma lente macro de 105 mm da marca Nikkor.

Biologia

Tirada a foto nas cercanias de Pedra Grande, em Atibaia, vemos uma boa foto da borboleta pousada, possivelmente sobre a planta alimento da lagarta, uma taquara do gênero Chusquea, que crescem em sítios de altitude elevada. M. a. aega (Hubner, [1822]), é uma espécie típica de altitude que gosta de voar em locais ensolarados. Assim sendo, é encontrada no ecossistema de campos de altitude e ecótonos entre estes e as matas temperadas, acima de 1000m, onde é mais facilmente avistada nas bordas de trilhas e estradas que são margeadas por densas formações de bambus e taquaras nativas (Otero, 1986). Seu voo é de velocidade mediana e, preferencialmente, próxima às áreas onde há a planta alimento da lagarta. Por vezes, cedo pela manhã, podem ser observadas voando em número de centenas de indivíduos, sendo esse um espetáculo inesquecível (Otero & Marigo, 1990)! É uma espécie que tanto pode ser exemplo de uma ação destrutiva quanto construtiva por parte do homem. Negativamente temos que foi caçada anualmente aos milhões na região Sul do Brasil para a confecção de bijuterias, quadros e bandejas (Otero, 1986). Mas, em décadas recentes, alguns criadores foram autorizados pelo órgão governamental competente e receberam permissão para criar esta espécie em cativeiro, a fim de não mais comercializar indivíduos oriundos da natureza. Este fato, além de tirar da ilegalidade os antigos caçadores (agora criadores), ainda contribui para o conhecimento e manejo da espécie, o que com certeza ajudará na preservação de M. a. aega (Hubner, [1822]).

Lagartas são magnificamente belas! Têm o corpo coberto de tufos pilosos com coloração predominantemente amarela. Também apresenta listras em mosaico de cores, dispersas pelo corpo em: negro, grená, branco e tons de marrons. Sua cabeça é bem grande. Os hábitos são solitários e diurnos. Alimentam-se apenas de plantas da família Poaceae, como por exemplo: bambu-riograndensis, Merostrachys burchelli Munro e diversas taquaras do gênero Chusquea (Costa Lima, 1968).
A. Soares

Nenhum comentário:

Postar um comentário