sábado, 26 de maio de 2012

Heraclides hectorides (Esper, 1784), foto por: J. Caloi

Heraclides hectorides, J. Caloi, em Pedra Grande, Atibaia, SP.
Clique na foto para vê-la ampliada!

O autor, a espécie e a foto

Em foto de Juliana Caloi (35 anos, arquiteta), feita em 05-II-2011, temos aqui nossa trigésima participação do público! Trata-se de uma boa imagem de Heraclides hectorides (Esper, 1784), lepidóptero da família Papilionidae, subfamília Papilioninae, fotografada através de uma Canon EOS T2-I (com 18m.pixels), na região de Pedra Grande, em Atibaia, SP. A foto foi feita em um final de manhã ensolarada, aproximadamente às 12h30min. A autora ainda usou uma lente macro de 105 mm da marca Nikkor.

Biologia

Tirada a foto em uma determinada fazenda em Pedra Grande, Atibaia, vemos a um indivíduo do sexo masculino pousado ao chão, no solo úmido, bebendo água com sais minerais. Muitas espécies de borboletas do sexo masculino além de se alimentarem nas fontes mais comuns (flores e frutos) têm esta rotina como essencial para sua maturação sexual. Adquirem assim, dessa solução (água e sais) elementos químicos necessários ao seu metabolismo nas etapas iniciais da sua vida como adulto. Já as fêmeas tem rotina de voo sempre próxima das fontes alimentos como as inflorescências das plantas da família Fabaceae, subfamília Mimosoidae. Além dessas, em uma adaptação alimentar, também prefere as flores de uma planta exótica a maria-sem-vergonha, Impatiens sultani Hook., Balsaminaceae (Otero & Marigo, 1990). H. hectorides (Esper, 1784) é uma espécie comum e que prefere voar nas áreas abertas e bem iluminadas (heliófila). Assim, muitas vezes, pode ser avistadas em trilhas e nas bordas da floresta. Seu voo é rápido. Habita as áreas de fronteiras entre as cidades e as florestas (semiurbana), e também as silvestres, onde se faz notar tanto nas matas secundárias quanto nas primárias.

Suas lagartas, como muitos Papilionidae, são parecidas com fezes de pássaros sendo assim, se camuflam evitando os predadores. Logo seu corpo é predominantemente colorido em tons de marrom a castanho. Mas, há também zonas onde existe um mosaico de branco e amarelo que conferem tal aparência de excremento de pássaro a lagarta. Ainda possuem pequenos espinhos ao longo do corpo. São diurnas e gregárias em pequenos grupos que variam de quatro a oito indivíduos. Tem preferência alimentar por plantas das famílias Piperaceae e Rutaceae, sendo o gênero Citrus um bom exemplo (Costa Lima, 1968).
A. Soares

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