domingo, 3 de agosto de 2014

Hamadryas amphinome amphinome (Linnaeus, 1767), foto por: A. Soares

Hamadryas a. amphinome, A. Soares, Monte Serrat, Parq. Nacional do Itatiaia, RJ.
Clique na foto para vê-la ampliada!

O autor, a espécie e a foto

Em foto de Alexandre Soares (53 anos, biólogo), feita em 14-V-2014, temos aqui nossa quinquagésima sétima participação do público! Trata-se de uma bela imagem de Hamadryas amphinome amphinome (Linnaeus, 1767), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Biblidinae, capturada através de uma Sony Cyber-shot DSC-W630 (com 16.1m.pixels), na pátio da antiga Faz. Monte Serrat, hoje administração do PARNA Itatiaia, RJ. A foto foi tirada em uma tarde parcialmente nublada, aproximadamente às 14h:30min, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Com esta foto feita no pátio da antiga Fazenda Monte Serrat (atual administração do PARNA Itatiaia), vemos a borboleta pousada de ponta-a-cabeça em uma pedra. Este substrato lhe serve de excelente local para se camuflar. Hamadryas a. amphinome (Linnaeus, 1767), espécie comum e abundante vive qualquer área umbrófila (sombreada) ou, em alguns casos, parcialmente ensolarada. Está presente assim nas bordas de trilhas e clareiras nos sítios existentes nas fronteiras entre cidades e florestas, e também, nas florestas secundárias. Procura frutos maduros caídos ao chão da floresta para se alimentar. Seu voo é irregular e de média velocidade. Porém, se molestada, tem ritmo de voo acelerado. Uma característica muito marcante é que produzem estalidos durante o voo, daí que junto com outras espécies do Gênero, recebem o nome vulgar de borboletas-estaladeiras. Fato este que, segundo Otero (com. pess. 1996), pode ter função de defesa servindo para afugentar inimigos. Há ainda relatos de ser uma ação na disputa territorial entre machos da mesma espécie (Lourenço, 2011).

Suas lagartas são escuras. Têm desenhos em cinza como se fosse uma renda sobre o corpo negro. O corpo é recoberto de processos espinhosos negros e, na região mediana, amarelados. Sua cabeça tem a coloração igualmente negra. Têm hábitos diurnos e gregários. Alimentam-se de diversas espécies de trepadeiras do Gênero Dalechampia planta da família botânica Euphorbiaceae (Brown, 1992). Uma característica marcante exibida pelas pupas é: dois prolongamentos cefálicos que lembram “orelhas de coelho”.
A. Soares

2 comentários:

  1. Tenho uma foto bem semelhante, mas a minha tem qualidade inferior, tirei com o celular: https://plus.google.com/u/0/+JoeciRicardoGodoi/posts/S1ddEpD8zcZ?pid=6043419745133540738&oid=116261442258095247175
    Essa é aqui de Cascavel - PR.

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  2. Joeci a espécie é comum no Sudeste, Sul e Nordeste do Brasil. Creio mesmo que exista em todo o país, havendo é claro as subespécies. Não conheço muito o grupo, mas, é isso aí.
    Obrigado por comentar a foto. A muito que não posto novas espécies por aqui, pois não tenho tido oportunidade vamos ver se agora melhoram as chances...
    A propósito: vi sua foto (apesar de não estar abrindo aqui), pois colei o endereço no navegador e achei muito boa para uma imagem de celular.

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