Blepolenis batea batea, R. França, Pedra Grande, Atibaia, SP.
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O autor, a espécie e a foto
Em foto de Renato França (47 anos, fotógrafo/publicitário), feita em 10-III-2012, temos aqui nossa trigésima terceira participação do público! Trata-se de um belo close-up de Blepolenis batea batea (Hubner, [1821]), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Morphinae, capturada utilizando-se uma Canon EOS 7D (com 18.1m.pixels), em Pedra Grande, Atibaia, SP. Para a foto, tirada aproximadamente às 10h30min no início de uma manhã parcialmente nublada, o autor ainda usou uma lente macro de 105 mm da marca Nikkor.
Biologia
Foto tomada
nas cercanias de Pedra Grande, Atibaia, capturou o autor no momento de repouso em uma folha, esta
espécie de borboleta que voa nos períodos da aurora e crepúsculo. Há poucos
dados a respeito de B. b. batea
(Hubner, [1821]), sendo assim, para tratar sobre vários detalhes, a melhor
maneira de citar tais particularidades sobre esta espécie é relacioná-la com as
suas “primas”, as espécies do gênero Opsiphanes.
É uma borboleta incomum que voa em locais sombreados (umbrófilos) sendo muito
raramente avistada fora mata fechada. Presente tanto na mata secundária (menos
freqüente) quanto nas primárias (mais freqüentes), prefere o nível mais próximo
do solo da floresta onde visita frutos maduros caídos ao chão para se alimentar
do sumo desses. Tem voo lento e com suaves guinadas nos sentidos vertical e
horizontal. Como muitos indivíduos da tribo Brassolini, esta espécie possui nas
cores das faces inferiores das asas, um excelente disfarce. Exibe assim ocelos e
cores crípticas, que podem, ora funcionar como camuflagem (quando oculta o
inseto nas mata) e ora como mimetismo (quando seus ocelos são tomados pelos
predadores como olhos de animais) afugentado ou desviando o ataque das partes
mais vitais do corpo de B. b. batea (com. pess. Luiz S. Otero).
Lagartas provavelmente, assim com as do gênero Opsiphanes, têm o corpo em tons verde ou castanho com listras longitudinais. A cabeça é muito típica com pares (dois ou mais) de cornos. A extremidade oposta do corpo também pode ser muito interessante, pois possivelmente, exibe dois apêndices espiniformes. Os hábitos devem ser gregários (em pequenos grupos) e noturnos. Alimentam-se, por exemplo, capim amargoso, Panicum lanatum Sw., Poaceae e o jerivá, Arecastrum romanzoffianum Becc., Arecaceae (Penz, Aiello & Srygley, 1999).
A. Soares
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