Eurytides
dolicaon deicoon, A.C.F. Junior, Canoas, Teresópolis, RJ.
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O
autor, a espécie e a foto
Em foto de Antonio Carlos Fiorito Junior (58 anos, médico/pediatra), feita em 08-III-2013, temos aqui nossa quinquagésima sexta participação
do público! Trata-se de uma bela imagem de Eurytides dolicaon deicoon (C. & R. Felder, 1864),
lepidóptero da família Papilionidae, subfamília Papilioninae, capturada utilizando-se
uma Panasonic Lumix FZ 120 (com 14.1m.pixels), no bairro de Canoas, em Teresópolis,
RJ. A foto foi tirada em um final de manhã ensolarada, aproximadamente às 12h:40min,
utilizando-se a lente padrão da máquina.
Biologia
Tirada a foto em uma praiainha de riacho, vemos um
indivíduo do sexo masculino se alimentando dos sais diluídos na água que compõe
a lama. Esta espécie mais freqüente nos
sítios das médias altitudes (iniciam por volta de 400 a 600ms) é muito parecida
com a rara, e ameaçadíssima, Eurytides iphitas Hubner,
[1821] da qual não se tem registro há muito tempo! Eurytides dolicaon deicoon (C. & R. Felder, 1864), vive
nas zonas ribeirinhas das florestas (Brown 1992) gostando de alternar locais semi-ensolarados
e ensolarados (semi-heliófilas). Assim, é avistada freqüentemente nas flores ou
inflorescências (machos e fêmeas) em trilhas, clareiras e principalmente em praias
de riachos (machos) nas bordas das florestas primárias. A presença dos machos no
solo úmido é motivada pela necessidade de ingestão de sais para sua maturação
sexual. Têm normalmente vôo alto, planado e lento sobre as flores da copa das
árvores. Porém, quando ao chão bebendo água, se molestados, os machos mostram
comportamento diferente passando a fugir com um vôo veloz e vigoroso.
Os ovos têm postura isolada
em diferentes folhas, mas podem ser distribuídos em grande número sobre uma
mesma árvore. Lagartas têm forma de cunha. Seu aspecto é liso e com o dorso de
cores esverdeadas, com machas ou zonas escuras. Aparentemente não são gregárias.
Têm hábito diurno. Alimentam-se basicamente de duas plantas da família Annonaceae
como, por exemplo, as dos gêneros Guatteria
e Xylopia, ou ainda, de um modo mais
raro, plantas da família Lauraceae,
tendo como possível exemplo, as do gênero Cryptocaria
(Brown 1992).
A. Soares