Siproeta stelenes meridionalis, F. Sandrin, Horto Florestal (Estação Experimental) Bauru, SP.
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O
autor, a espécie e a foto
Em foto de Fátima Sandrin (59 anos, professora,
bióloga/etóloga), feita em 20-VIII-2012, temos aqui nossa quinquagésima primeira
participação do público! Trata-se de uma bela foto de Siproeta stelenes meridionalis (Fruhstorfer,
1909), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Nymphalinae, feita por
meio de uma Canon EOS Rebel 2Ti (com 18m.pixels), no Jardim Botânico da cidade
de Bauru, SP. Para a foto, tirada aproximadamente às 10h15min em dia nublado, a
autora usou uma lente macro Canon 100mm. A imagem foi capturada com luz
natural, abertura de diafragma f. 7.1, velocidade 1/100 s, ISO 200.
Biologia
Com esta foto, feita no Jardim Botânico de Bauru, a
autora nos traz uma interessante imagem dessa espécie flagrando a borboleta com
sua camuflagem perfeita quando pousada sobre folha na zona de sombra da
floresta. Vejam que a borboleta parece ser transparente tal é a “mistura” entre
o tom de verde da face inferior das suas asas e o verde das folhas! S. stelenes
meridionalis (Fruhstorfer, 1909) é encontrada em todo leste da
América do Sul indo da Amazônia brasileira até a Argentina. É um inseto comum, que
apresenta voo de velocidade média e pairado. Gosta de voar tanto em locais semiensolarados
(entre as copas das árvores) como também nos mais sombreados (umbrófilos),
próximo ao chão da floresta. Além de ser possuidor de uma incrível camuflagem (nas
cores da face inferior das asas) é também mimético (nas cores da face superior
das asas) de duas espécies de heliconídeos implantáveis: Philaethria werneckei (Rober, 1906) e Philaethria dido (Linnaeus 1763). Estas espécies padrões imitadas
por S. stelenes
meridionalis (Fruhstorfer, 1909) são facilmente distinguidas pela
ausência da “cauda” (pequeno prolongamento de nervura nas asas posteriores)
existente na mimética. Prefere ambiente de floresta seja secundária ou primária.
Ainda possui um hábito raro de se alimentar tanto do sumo dos frutos maduros
caídos ao solo quando de néctar nas flores (Otero, 1986). Isto também a torna
mais facilmente fotografável, pois se pode apelar para o uso de iscas para
atrair o inseto!
As lagartas
têm um corpo coberto esparsamente por espinhos ramificados nas cores laranja e
negra, distribuídos em séries longitudinais. A cor do corpo é predominantemente
negra. A cabeça exibe longos cornos negros e ramificados. Com hábitos diurnos
e solitários, as lagartas alimentam-se de várias espécies de plantas da família
Fabaceae, como por exemplo: Calliandra tweedi
Benth. e Calliandra parvifolia (Hook. & Arn.) Speg.
A. Soares & F.
Sandrin