quarta-feira, 25 de julho de 2012

Morpho epistrophus catenaria (Perry, 1811), foto por: J. Caloi

Morpho epistrophus catenaria, J. Caloi, em Pedra Grande, Atibaia, SP.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Juliana Caloi (35 anos, arquiteta), feita em 26-II-2012, temos aqui nossa quadragésima participação do público! Trata-se de uma bela imagem de Morpho epistrophus catenaria (Perry, 1811), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Morphinae, fotografada através de uma Canon EOS T2-I (com 18m.pixels), na região de Pedra Grande, em Atibaia, SP. A foto foi feita em uma manhã ensolarada, aproximadamente às 11h30min. A autora ainda usou uma lente macro de 105 mm da marca Nikkor.

Biologia

Tirada a foto em uma determinada fazenda em Pedra Grande, Atibaia, vemos a borboleta pousada na folhagem da zona sombreada da mata (umbrófila) provavelmente se protegendo do sol forte. M. epistrophus catenaria (Perry, 1811), é uma espécie bem comum e que intercala seu vôo entre as áreas abertas e bem iluminadas (heliófila) da floresta e as fechadas. Assim, muitas vezes, pode ser avistadas em trilhas e nas bordas da floresta. Seu voo é lento e majestoso como quase todas as borboletas deste gênero. Habita as áreas de fronteiras entre as cidades e as florestas (semiurbana), e também as silvestres, onde se faz notar tanto nas matas secundárias quanto nas primárias.

Suas lagartas são muito chamativas e exibem colorido belíssimo com tons de vermelho, branco e negro. O corpo é recoberto por pilosidades nas cores vermelha e branca. Há uma espécie próxima Morpho atena Otero, 1966, que apenas se difere de M. epistrophus catenaria (Perry, 1811) pela lagarta.  Resumidamente, nesta espécie descrita por Otero, não há os ocelos sobre a linha branca que está no dorso da lagarta. São noturnas e gregárias podendo ser facilmente avistadas, pois ao se concentrarem sobre uma única folha formam uma massa colorida no meio da folhagem. Alimentam-se preferencialmente de plantas do gênero Inga (Otero, 1990) e, no sul do país, de Acacia longifolia (Andrews) Willd. (Costa Lima, 1968), plantas da família Fabaceae.
A. Soares

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Zaretis itys itylus (Westwood, 1850), foto por: J. Bizarro

Zaretis itys itylus, J. Bizarro, Rev. Eco. do Guapiaçu, Cach. de Macacu, RJ.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Jorge Bizarro (50 anos, médico/entomólogo), feita em 19-VIII-2011, temos aqui nossa trigésima nona participação do público! Trata-se de um belíssimo close-up e Zaretis itys itylus (Westwood, 1850), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Charaxinae, capturada através de uma Sony Cyber-shot DSC-H50 (com 9.1m.pixels), na Reserva Ecológica do Guapiaçu (REGUA), em Cachoeiras de Macacu, RJ. A foto foi capturada em um início de uma manhã ensolarada, aproximadamente às 07h15min, utilizando-se a lente padrão da máquina.
Nota. Esta imagem, e muitas outras, constam no álbum de fotos do autor cujo endereço é: < https://picasaweb.google.com/109868070201779395959 >.

Biologia

Nesta foto feita nas proximidades de sede da REGUA (Fazenda São José), nós vemos a borboleta pousada no solo da mata sobre a folhagem se alimento de um pedaço de banana madura usada como isca para e feitura desse close-up. Z. itys itylus (Westwood, 1850), espécie comum, porém relativamente de difícil observação, pois vive na parte sombreada da floresta (umbrófila) e, além disso, como podemos notar, exibe uma coloração que lhe dá uma camuflagem perfeita do habitat que vive. Por isso é chamada de borboleta-folha. Reparem na perfeição da camuflagem que exibe até, na extremidade posterior das asas um prolongamento como se fosse o pecíolo de uma folha! É encontrada em matas com florestas secundárias ou primárias. Tem um voo muito rápido e irregular. Alimenta-se do sumo das frutas maduras caídas ao chão da floresta e de exsudações nos troncos das árvores.

Suas lagartas são de um formato incomum! Elas apresentam, no primeiro terço do corpo uma dilatação em forma de parênteses e a sua coloração é em tons de cinza, castanho e marrom escuro que no dorso do inseto apresenta-se formando figuras geométricas. A cabeça também exibe pequenos cornos. Apresentam hábitos diurnos e isolados. Alimentam-se de plantas da família Flacourtiaceae, do gênero Casearia (Otero & Marigo, 1990). Mas, em especial, com podemos ver no site do Dr. D. Janzen, < http://janzen.sas.upenn.edu/caterpillars/database.lasso > Casearia arborea Urb., se destaca com a mais rotineiramente atacada.
A. Soares & J. Bizarro

domingo, 1 de julho de 2012

Aphrissa statira statira (Cramer, 1777), foto por: A. Soares

Aphrissa statira statira, A. Soares, Quinta da Boa Vista, São Cristóvão, Rio de Janeiro, RJ.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Alexandre Soares (52 anos, biólogo), feita em 28-VI-2012, temos aqui nossa trigésima oitava participação do público! Trata-se de mais uma boa imagem de Aphrissa statira statira (Cramer, 1777), lepidóptero da família Pieridae, subfamília Coliadinae, capturada através de uma Sony Cyber-shot DSC-W330 (com 14.1m.pixels), na Quinta da Boa Vista, São Cristóvão, Rio de Janeiro, RJ. A foto foi tirada no início de uma tarde parcialmente nublada, aproximadamente às 13h:15min, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Na foto, feita nos jardins do Paço Imperial, na Quinta da Boa Vista, São Cristóvão, Rio de Janeiro, nós vemos a borboleta sobre o buquê de flores roxas do arbusto estrela-do-egito, Pentas lanceolata (Forsk.) Deflers, uma planta da família Rubiaceae. A. s. statira (Cramer, 1777), espécie comum e abundante, vive em qualquer área ensolarada (heliófila). É relativamente resistente as mudanças do ambiente. Seu grau de adaptação ao homem é grande o que a torna uma borboleta típica das áreas urbanas, semiurbanas ou florestas secundárias. Assim sendo, pode-se vê-la até nos centros urbanos das maiores cidades! Além disso, pode ser uma borboleta migratória. Algumas populações formam bandos migratórios que podem ser registrados em fluxos contínuos por semanas nos meses de primavera, no Sudeste brasileiro, voando fortemente até contra o vento (Negret, 1988)! Seu sobrevoo local é normalmente rápido e ágil sempre buscando pelas flores ou buquês (inflorescências). Os machos também podem frequentar o chão onde procuram por poças d’água para beber água junto com os sais contidos nela. E aí, comparecem, por vezes, as dezenas compondo a reunião de borboletas popularmente chamada de panapaná.

Suas lagartas corpo quase liso com suaves corrugações anelares distribuídas de modo segmentar. A coloração geral é verde, mas tem pequenos pontos escuros sobre a área das corrugações. Na parte latero-ventral tem uma faixa amarela. Têm hábitos noturnos e isolados. Alimentam-se de várias plantas (são polífogas), como por exemplo: Brassica oleraceae L., a couve cultivada, uma Brassicaceae (antigas Cruciferae) e Senna corymbosa Lam., o fedegoso, uma Fabaceae (Costa Lima, 1968).
A.Soares